Conferência vai propor inclusão de funcionários de escolas na lei do piso

A 1ª Conferência Nacional de Educação deverá aprovar amanhã uma proposta destinada a incluir os funcionários de escolas públicas na lei que instituiu o piso nacional dos professores da educação básica. O objetivo da proposta, defendida unanimemente pelos quase 3.000 conferencistas reunidos desde domingo em Brasília, é tentar unificar planos salariais e de carreira das duas categorias.

    A principal defensora da ideia é a Confederação Nacional dos Trabalhadores da Educação (CNTE). A União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime) apoia a proposta, embora ressalve que a mudança na lei do piso dependerá de novas fontes de financiamento.

   “A União detém 58% da arrecadação tributária, enquanto os municípios detêm 16% e são obrigados a cuidar a educação infantil, que é uma das etapas mais caras do ensino. Então, o governo federal precisa se responsabilizar mais pela educação básica”, sustenta o presidente da Undime, Carlos Sanches.

    A proposta de unificação que a Conferência pretende aprovar estabelece que “a remuneração de professores, funcionários e especialistas em educação deve ser digna e condizente com as especificidades de cada profissão; o pagamento de salários, ser relativo à maior habilitação na carreira”.

    “Uma merendeira da rede pública que tiver o diploma de nível técnico em nutrição escolar tem o direito de ganhar a mesma coisa que um professor formado no magistério do ensino médio. A única diferença será de gratificações pagas a professores com nível superior e outros títulos ou pelo tempo de trabalho, mas o salário-base, que precisa constar num plano de carreira nacional, tem que ser o mesmo de acordo com a formação do trabalhador”, argumenta Marta Vanelli, diretora da CNTE.

   A merendeira, nesse caso, poderia ter o salário até duplicado, considerando que o salário mínimo de um professor no Brasil hoje é, pela Lei do Piso, de R$ 1.024,67 para uma jornada semanal de 40 horas.

Estudantes iniciam atividades do Parlamento Jovem BH 2010

Cerca de 100 estudantes de escolas públicas e particulares participaram na tarde dessa terça-feira (23), na PUC Minas Campus Coração Eucarístico, em Belo Horizonte, da aula inaugural do Parlamento Jovem BH 2010. O objetivo é promover entre os estudantes de escolas públicas e particulares do ensino médio, formação política para reflexão do papel do cidadão no contexto do parlamento.

A palestra de abertura contou com a participação do coordenador Especial da Juventude da Secretaria de Estado de Esportes e da Juventude, Roberto Tross, que falou aos jovens sobre políticas públicas de juventude. “A lógica das políticas voltadas ao público juvenil é a da inclusão. É um processo que se constrói junto, estamos aqui hoje para compartilhar ideias e apresentar propostas”, afirmou.

O estudante do Ensino Médio do Colégio Padre Eustáquio, Leonardo Rodrigo Crincoli, disse que o incentivo de outros alunos que participaram da formação no ano anterior despertou seu interesse em conhecer o universo da política. “A gente sempre fica de fora da política e por isso achei legal a oportunidade de aprender como funciona uma Câmara Municipal, de como se cria as leis”, contou o jovem.

Já a aluna do Instituto Sagrada Família, Bruna Reis, que também cursa o ensino médio, acredita que o projeto fará com que ela se torne uma pessoa mais consciente. “Conhecendo melhor sobre o assunto, vou poder votar de forma mais consciente e contribuir nas decisões políticas da minha cidade, do meu estado e do meu país. O Parlamento Jovem com certeza vai me tornar uma pessoa melhor”, destacou.

A professora do curso Ciências Sociais da Puc e integrante da equipe de coordenação do Parlamento Jovem, Dôra Cardoso, explica que o produto final será a elaboração de 27 propostas, que serão encaminhadas à Câmara, com destaque de prioridade, para serem votadas pelos vereadores . “É um processo de formação política e exercício da cidadania”, explicou a professora.

A estudante Bruna Pereira, da Escola Estadual Leopoldo de Miranda, participa pelo segundo ano consecutivo do projeto e diz que sua visão sobre política mudou depois da capacitação. “Agora me interesso mais pelo assunto. Leio jornais e revistas e até assisto canais de televisão que tratam exclusivamente de política. Minha geração tem informação sobre política, mas falta interesse. O parlamento é uma boa maneira de levar a política até o jovem.”

O programa Parlamento Jovem, que neste ano trabalhará com o tema Resíduos e Meio Ambiente, será executado por meio da parceria entre a Secretaria de Estado de Esportes e da Juventude, através da Coordenadoria Especial da Juventude, a Escola do Legislativo da Câmara Municipal da capital e a Puc Minas. Participam desta etapa alunos das escolas Estadual Leopoldo de Miranda, do bairro Santo Antônio, Municipal Geraldo Teixeira da Costa, do bairro Rio Branco, Colégio Padre Eustáquio, do Padre Eustáquio, e Instituto Sagrada Família, do Caiçara.

A Sessão na Câmara Municipal de Belo Horizonte, no dia 29 de junho, com a votação das propostas elencadas pelos jovens encerra as atividades do Parlamento Jovem BH 2010.


Agência Minas Gerais de Notícias

Hoje tem circo na praça

Apresentações circenses hoje em Governador Valadares

Abra as cortinas, luz no picadeiro, pipoca na mao, e vai começar o espetaculo. A Coordenadoria de Juventude em parceria com varios artistas do circo realiza hoje a partir das 19:00 a apresentação “Palco Aberto” na praça do bairro de Lourdes em Governador Valadares. No evento a população vai ter contato com as varias artes do picadeiro: malabaris, palhaços, perna de pau, equilibristas e muita diversão para toda a familia. O “Palco Aberto” nome dado ao evento faz parta das comemoraçãoes do dia do circo que é comemorado amanha dia 27 de março.

Lançamento de pesquisa Inovar para Incluir: jovens e desenvolvimento humano

A quarta-feira (10/03) foi marcada também pelo lançamento em português da pesquisa “Inovar para Incluir: jovens e desenvolvimento humano”, sobre aspectos econômicos, sociais e de mercado de trabalho dos jovens dos quatro países fundadores do Mercosul, Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai, como forma de contribuir para o debate sobre a importância de se investir na juventude para avançar na questão do desenvolvimento humano.

A pesquisadora Regina Novaes, uma das idealizadoras do trabalho, ressaltou que é importante que o relatório chegue à ponta, sobretudo os pequenos municípios, e sirva como base para os que trabalham com as políticas públicas de juventude.

Segundo o estudo, o Brasil, 75º no Ranking do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), é o único país dos quatro que alcançou uma melhora substancial no médio prazo, com uma redução de mais de um terço da pobreza estrutural diz o estudo. Ele sugere que este comportamento está associado a um forte aumento nos investimentos no nível educativo dos jovens registrado nos últimos anos.

Outro ponto importante do dia foi o lançamento do Mapa dos Conselhos, um estudo realizado pela Comissão de Articulação e Diálogo do Conjuve com 105 Conselhos Estaduais e Municipais.

Fonte: Consultoria de Comunicação da Secretaria Nacional de Juventude

Idéia inovadora transforma lixo e dejetos em adubo

Por Fernanda B. Müller e Paula Scheidt, do CarbonoBrasil

Duas soluções simples e eficientes prometem resolver o problema dos resíduos seja em áreas urbanas ou rurais, decretando o fim da coleta seletiva nas cidades e do mau cheiro nas suinoculturas.

Seguindo a risca a famosa frase de Lavoisier “na natureza nada se cria, nada se perde, tudo se transforma”, uma nova tecnologia empregada em um Centro de Processamento de Lixo em construção em Ituporanga, no Alto Vale do Itajaí em Santa Catarina, promete ser capaz de recuperar 100% os materiais que compõe o lixo, em especial, os resíduos orgânicos, sanitários e plásticos contaminados.

Com a separação dos materiais recicláveis, o sistema permite a obtenção de novas matérias-primas como madeira plástica e, a partir de um processo mecanizado e automatizado de compostagem, gera também adubo. “A tecnologia têm condição de eliminar 100% a necessidade de utilizar os aterros sanitários”, afirma Dirnei Ferri, empresário responsável pela criação do sistema.

O projeto é resultado de uma primeira invenção de Ferri, voltada para a área rural, que trata totalmente os dejetos de suínos. A tecnologia transforma os rejeitos do estado líquido para o sólido e produz um biofertillizante seco, estabilizado, sem cheiro, livre da atração de vetores (como moscas e outros insetos) e de grande valor comercial, ambiental e agronômico.

Lixo urbano

O Centro de Processamento de Lixo, em testes há 10 meses, está previsto para ficar pronto em fevereiro de 2010, podendo receber as cerca de 10 toneladas de lixo domiciliar produzidas diariamente pelos 22 mil habitantes de Ituporanga.

Diferentemente dos aterros sanitários, onde o lixo é enterrado, neste Centro o que chega dos caminhões vai para uma linha de triagem, onde são retirados alguns tipos de materiais recicláveis, e o restante segue para a compostagem, onde será transformado em adubo.

Ferri explica que o sistema não elimina o custo da disposição de resíduos, mas substitui um método no qual ‘paga-se para enterrar e poluir’, por outro no qual ‘paga-se para processar, reutilizar e reciclar’. “No primeiro os prejuízos são imensos, já no segundo os ganhos são imensuráveis”, afirma.

Entre os benefícios da tecnologia estão a descontaminação, a retirada e o encaminhamento para reciclagem de diversos materiais sólidos como vidros, plásticos e metais; e a transformação em composto orgânico dos restos de alimentos, vegetais, papéis contaminados (como o papel higiênico). Ferri alerta, contudo, que ainda é preciso estudar qual seria o melhor uso para o biofertilizante produzido.

O principal ganho do projeto, comemora o inventor, é a retirada dos plásticos filmes que compõe o lixo, como sacos, sacolas de supermercado e embalagens plásticas, que viram matéria-prima para a produção de madeira plástica. Somente em Ituporanga, onde o plástico filme responde por aproximadamente 10% do total do lixo, será possível recuperar 30 toneladas deste material todos os meses.

O Centro também está sendo projetado para reduzir ao máximo o número de pessoas que entra em contato com os resíduos e poderá ser instalado em lugares mais próximos dos locais de geração, pelo seu baixo impacto ambiental, por não gerar mau cheiro e nem permitir a proliferação de vetores.

O processo, patenteado por Ferri, pode ser replicado em qualquer lugar, bastando apenas dimensioná-lo para o tamanho da população e quantidade de lixo gerada. “Isso é possível porque o lixo não é acumulado
indeterminadamente como nos aterros sanitários, depois do primeiro ciclo, que leva 45 dias, a mesma quantidade que entra, sai diariamente para os processos de reutilização, aproveitamento e reciclagem”, explica Ferri.

Resíduo rural

O processo de compostagem também é a base do sistema de manejo de dejetos suínos desenvolvido por Ferri, que de tão eficiente em resolver o problema lhe rendeu no início do ano o Prêmio Fritz Muller na categoria Agricultura Sustentável, promovido pela Fundação do Meio Ambiente de Santa Catarina (Fatma) para reconhecer os principais projetos e trabalhos na área ambiental desenvolvidos no estado.

Tradicionalmente, as fazendas de suínos contam com uma esterqueira para armazenar os dejetos, um processo altamente impactante ao meio ambiente devido aos riscos de contaminação de rios, lençol freático e solo e à emissão de metano, gás do efeito estufa 21 vezes mais potente para causar o aquecimento global que o dióxido de carbono (CO2). Além disso, sem o tratamento adequado, estes dejetos criam vetores de doenças e exalam um odor extremante forte.

No caso da granja de Pomerode, também no Vale do Itajaí, quatro mil suínos são criados, gerando 28 toneladas por dia de dejetos. Estes resíduos são conduzidos por canos até um galpão dividido em leiras contendo serragem. Por aspersão, os dejetos são distribuídos ao longo das leiras, misturados e aerados por um maquinário desenhado para este processo.

O composto orgânico resultante deste processo é altamente rico em nitrogênio, potássio e fósforo (NPK), sendo de grande valia tanto para a fertilização do solo, como para a geração de renda para os suinocultores.

Segundo Ferri, se não fosse por este projeto, atualmente a fazenda visitada estaria fechada, pois não teria área suficiente para a aspersão dos efluentes gerados. “Somente para espalhar esta quantidade de dejetos, seriam necessários no mínimo 200 hectares de área agricultável, volume de terras inexistentes para esta finalidade no município ou na região”, explica.

Conforme dados da Associação Catarinense de Criadores de Suínos (ACCS), Santa Catarina conta hoje com cerca de 6,2 milhões de cabeças de suínos, que geram aproximadamente 43.200 metros quadrados (o equivalente a seis campos de futebol) de dejetos todos os dias, totalizando mais de 15 milhões de metros quadrados por ano (cerca de 2100 campos de futebol).

“Se esta tecnologia fosse implantada para todos os suínos do estado, seriam gerados anualmente 1,24 milhões de toneladas de biofertilizante e, pela não geração de metano, deixariam de ser emitidas cerca de 3,1 milhões de toneladas equivalentes de CO2”, afirma Ferri.

O custo aproximado por cada animal em uma propriedade de mil suínos é de R$ 80 a R$ 90, o que pode variar de acordo com as condições de cada propriedade.

A produção de resíduos é inevitável em qualquer atividade, seja ela urbana ou rural. Com rebanhos de animais cada vez maiores e uma produção média de lixo na casa das 230 mil toneladas diárias, fechar o ciclo é fundamental para garantir a qualidade ambiental, o equilíbrio econômico e benefícios sociais.

(Envolverde/CarbonoBrasil)


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Sereias do Mar

“400 contra 1” procura originalidade ao contar história de líder do Comando Vermelho

Cena do filme 400 contra 1

Estreando na direção de longas de ficção, o documentarista Caco Souza sabia que estava andando num terreno perigoso ao fazer “400 contra 1 – Uma história do comando vermelho”, previsto para estrear nos cinemas em agosto (a previsão, antes para maio, foi alterada). O longa fala sobre o líder do Comando Vermelho no final dos anos de 1970, William da Silva Lima. “O que me levou a fazer esse filme foi a curiosidade para entender o grupo, a dinâmica de como essas coisas funcionam”, disse ao UOL Cinema, um dia antes de viajar para o Chile, onde finaliza a pós-produção.

Apesar dos vários filmes sobre bandidos, presídios e presidiários que foram feitos no Brasil nos últimos anos, Souza afirma que “400 contra 1” traz um diferencial. “Essa é a história de um homem, não de um coletivo, como em ‘Carandiru’ [2003], por exemplo. Aqui, falo da vida do William nesse momento, e, consequentemente, do Brasil daquela época, que se reflete no país de agora”.

Conforme explica o diretor, o Comando Vermelho nasceu num período em que existiam presos políticos e estes ficavam junto dos presos comuns. “Tanto quem assaltou um banco quanto aqueles considerados subversivos ficavam nas mesmas celas. A união deles permitiu reivindicações de seus direitos”.

Para ser fiel à história, Souza começou o filme a partir da adaptação da biografia homônima de William. Mas não parou por aí. Para se aprofundar na vida do seu personagem, o cineasta visitou-o algumas vezes. Desse contato, resultaram dois curtas: “Sra. Liberdade” (2004) e “Resistir” (2007), que foram filmados quando William estava no presídio Ary Franco, em 2004.

Souza explica que foram necessários alguns encontros com William, que começaram a ocorrer em 2004, quando ele estava no Presídio de Bangu (RJ), antes que ele aceitasse vender os direitos de sua história. “Ele queria me conhecer, sentir confiança em mim antes de aceitar o filme.” Quando chegou ao presídio, William se mostrou bastante receptivo com o diretor e empolgado com a possibilidade da adaptação. “Ele me contou que sempre sonhou que sua vida virasse um filme”.

No longa, Daniel de Oliveira (“Cazuza – O tempo não para”) interpreta William. Souza conta que a escolha do ator foi um processo bastante natural. “A gente se conhecia há muito tempo, quando o dirigi num filme publicitário. Depois, ficamos vários anos sem nos vermos. Ele estreou no cinema, tornou-se um sucesso. Quando comecei a pensar no filme, não tive dúvidas: o Daniel era a única pessoa que eu queria para fazer o William”. O diretor acrescenta que o ator, por conta disso, esteve envolvido com o filme desde o comecinho, e isso ajudou aos dois no processo.

Já para o principal papel feminino, Tereza, o diretor chamou a atriz Daniela Escobar (“Jogo Subterrâneo”). “As pessoas vão se surpreender, pois estão acostumadas a vê-la interpretando mulheres ricas e sofisticadas e aqui ela está bem diferente.” O elenco ainda conta com Branca Messina (“Não por acaso”), Lui Mendes (“Show de Bola”), Felipe Kannenberg (“A mulher invisível”), além da cantora Negra Li (“Antônia”).

Fora os atores profissionais, “400 contra 1” conta com a participação de 70 presos da Colônia Penal Agrícola do Paraná, que serviu de locação para várias cenas do filme. “A preparação do elenco ocorreu lá também, para ajudar a entrar no clima. O trabalho com os presos foi muito legal. E, assim que o filme estiver pronto, estou planejando fazer uma sessão para eles”.

Na parte técnica, Souza procurou cercar-se de alguns dos melhores profissionais de cada área. A direção de fotografia é de Rodolfo Sanchez (“Pixote”) e o roteiro de Victor Navas (“Cabra Cega”, “Carandiru”), com a colaboração e di escritor Julio Ludemir, autor do livro “Sorria, você está na Rocinha”.

Para a trilha sonora, Souza convidou o músico Max de Castro. “Eu admiro a capacidade de arranjo das músicas. Pensamos numa trilha com uma pegada mais pop, para fugir do estereótipo samba e morro. Acredito que a soul music e o funk trarão mais força para o filme”.

Fonte> UOL